As raias manta pertencem ao gênero Mobula.
São divididas em duas espécies, a menor M. alfredi (raia manta de recife) encontrada no Indo-Pacífico e Atlântico Leste tropical, e a maior M. birostris (raia manta oceânica) encontrado em áreas tropicais, subtropicais do mundo todo. A primeira é mais costeira, enquanto a última é mais oceânica e migratória.
A espécie maior, M. birostris, atinge 7 m de largura, enquanto a menor, M. alfredi, atinge 5,5 m.
Eles têm os maiores cérebros e proporção entre cérebro e corpo de todos os peixes.
Suas grandes bocas são retangulares e voltadas para a frente. Elas devem nadar continuamente para manter a água oxigenada passando por suas brânquias. As barbatanas cefálicas são geralmente espiraladas, mas achatadas durante o forrageamento.
As duas espécies de manta diferem em padrões de cor, M. birostris tem ombreiras mais angulosas, manchas escuras ventrais maiores na região abdominal, contornos ventrais cor de carvão nas barbatanas peitorais e boca de cor escura. As marcações do ombro de M. alfredi são mais arredondadas, enquanto suas manchas ventrais estão localizadas perto da extremidade posterior e entre as fendas branquiais, e a boca é branca ou pálida.
Para o acasalamento, o macho agarra a barbatana peitoral com a boca, vira de cabeça para baixo e pressiona seu lado ventral contra o dela. Ele então insere um de seus claspers em sua cloaca , onde permanece por 60 a 90 segundos, um sifão impulsiona o fluido seminal para o oviduto. O macho continua a agarrar a barbatana peitoral da fêmea com os dentes durante mais alguns minutos enquanto ambos continuam a nadar, muitas vezes seguidos por até 20 outros machos. O par então se separa.
Os ovos fertilizados se desenvolvem dentro do oviduto da fêmea. Após a eclosão, os filhotes permanecem no oviduto e recebem nutrição adicional das secreções leitosas mas dependem de bombeamento bucal para obter oxigênio. Após 12 a 14 meses, o filhote é expulso do ovoduto e segue sozinho.
Mantas podem viajar sozinhas ou em grupos de até 50, além de se associar a outras espécies de peixes, assim como aves marinhas e mamíferos marinhos.
Elas são filtradoras e macropredadoras. Na superfície, elas filtram zooplâncton na forma de camarão, krill e caranguejos planctônicos. Nas profundezas elas mantas consomem peixes de pequeno a médio porte.
Mantas visitam estações de limpeza para remoção de parasitas externos. Ela fica quase parada perto da superfície do coral enquanto os peixes removem sua sujeira. Essas visitas ocorrem com mais frequência quando a maré está alta.
Mantas são encontradas em águas tropicais e subtropicais em todos os principais oceanos do mundo, com preferência por temperaturas da água acima de 20 °C.
A maior ameaça às raias manta é a pesca. Tanto a pesca comercial quanto a artesanal têm como alvo as mantas por sua carne e produtos. Eles são normalmente capturados com redes, redes de arrasto e arpões.
Em 2011 a IUCN declarou M. birostris como ‘vulnerável com elevado risco de extinção’ e a M. alfredi como vulnerável, com populações locais de menos de 1000 indivíduos e pouco ou nenhum intercâmbio entre subpopulações.
O Manta Trust é uma instituição sediada no Reino Unido dedicada a pesquisas e esforços de conservação de raias manta. Você pode mandar a foto da região ventral de uma manta e receberá informações sobre ela, como sexo, nome, quando ela foi vista pela primeira vez e seu último avistamento. Além de ser super interessante ter essas informações, eles usam esses dados como informação científica.